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Ao longo dos anos, Monster Hunter ou por diversas transformações, ajustando sua abordagem sem perder a identidade. Agora, em 2025, recebemos o terceiro capítulo dessa fase da franquia – Monster Hunter: Wilds –, e o Showmetech teve a oportunidade de jogá-lo bastante para saber como ele se encaixa no panteão da série queridinha dos jogadores com hiperfoco em caçadas épicas a criaturas gigantes. Confira nossas impressões no review a seguir. 135if
A fórmula mágica de mais de 20 anos 64y5l

Vamos começar tirando o óbvio da frente: se você já jogou qualquer um dos Monster Hunter anteriores, em especial World ou Rise, você sabe exatamente o que está te esperando em Wilds. A fórmula não mudou e as principais adições dos dois títulos mais modernos estão presentes nele, mesmo que de forma um pouco diferente e que, dependendo do quão purista você seja, podem impactar positivamente ou negativamente a experiência.
Com recém completos 20 anos, a franquia Monster Hunter é, hoje em dia, um dos pilares da Capcom, com seus jogos tranquilamente ando dos milhões de unidades vendidas e não sendo difícil encontrar jogadores que dedicaram centenas de horas para obter armaduras e armas melhores. Para alcançar essa popularidade a nível mundial, desde 2018 se vê uma guinada dos jogos (a partir de Monster Hunter: World) para que eles sejam menos assustadores para iniciantes e utilizem tropos ocidentais com mais frequência – e tanto no título anteriormente citado quanto em Rise, o resultado foi agradável.
Na verdade, é até meio engraçado falar de puritanismo com Wilds, já que ele é o resultado de sete anos em que a franquia vem se afastando da apresentação extremamente opressora dos títulos da era PS2-PSP-3DS para algo mais agradável a todos os tipos de jogadores. Tendo experiência com a franquia desde Freedom Unite, já integrei muito o coro dos que acham que rolou um desvirtuamento do que tornava a série tão especial, mas daí eu completei meus 30 anos e vi que tinha coisa mais importante para me preocupar em geral na vida.
Mas prioridades à parte, é inegável que jogar Wilds, mesmo que a tal fórmula mágica do loop de gameplay esteja presente e mais viciante do que nunca, com as batalhas sendo intensas e verdadeiros espetáculos megalomaníacos de destruição de faunas digitais, ainda é uma experiência extremamente distinta das versões dos anos 2000.

O jogo mastiga e conta com uma série de mecânicas que fazem questão de tornar o jogo mais tragável nas horas iniciais, não deixando o jogador perdido e também explicando com cuidado cada mecânica das armas, montarias e do slingshot. Terminando o primeiro chefe, já havia entendido como os mapas e o jogo em si funcionariam, sendo uma mistura perfeita entre os mundos abertos de World e Rise com uma possibilidade ainda maior de experiências intensas e teatrais graças ao novo poderio gráfico – mas isso também me confirmou que definitivamente o ritmo mais lento e, talvez um exagero meu, assustador das jogatinas da era anterior da franquia se perdeu para sempre.
Talvez eu seja um velho gritando para as nuvens, como no meu tempo era melhor, mas a real é que talvez eu só sinta falta das coisas menos criadas para sessões de atenção intensas por pouco tempo. Com a facilidade de entender e ar todas as mecânicas do jogo, até com o número de dano que a arma dá no monstro mudando para indicar quando você está atacando um ponto fraco ou uma ferida, não há mais tanto o clima de descoberta que sentia anteriormente na franquia.
Mas isso não é ruim! Mesmo com essa diferença de ritmo (que, friso, nem é tão diferente para quem já jogou World e Rise), o jogo é uma das experiências mais agradáveis em videogames e, sem dúvida, assim como seus antecessores, estará integrando a lista de grandes jogos dos consoles da geração atual. O que talvez não agrade muitos novamente é a presença de uma história durante toda a campanha principal, que mais uma vez apresenta set pieces interessantes, mas nem por isso é suficientemente engajante. Particularmente, esse é o único ponto que gostaria que tivessem eliminado de fato.
Performance excelente, mas com pequenas falhas 123n2y

Com um salto geracional em relação a Worlds (já que Rise é um jogo prioritariamente voltado para o Nintendo Switch, e por isso não entraremos em comparação direta aqui), é inegável que Wilds apresenta melhorias significativas em várias frentes, desde os mapas até o comportamento dos monstros e as opções de combate. A evolução do jogo é palpável e oferece aos jogadores uma experiência mais dinâmica e imersiva, sem perder a essência da franquia.
Um dos aspectos mais notáveis de Wilds é a forma como as regiões do jogo se comportam. Elas não são mais apenas áreas de combate estáticas como em títulos anteriores, agora as paisagens parecem muito mais vivas, dinâmicas e reativas. Por exemplo, ao enfrentar um Rathalos, podemos ver as asas da criatura balançando com tanta força que as árvores ao redor entram em um movimento frenético, e as chamas de suas rajadas criam fagulhas por todo o campo de batalha.
Essas criaturas, que antes pareciam estar no controle absoluto do ambiente, agora agem de forma muito mais realista, mostrando como são manifestações primitivas de uma natureza impressionante. Como caçadores, nunca foi tão evidente o quão pequenos somos diante delas, em uma representação visual impressionante de nossa fragilidade em um mundo tão vasto e imponente.
Além disso, o design dos monstros foi aprimorado para tornar cada caçada mais épica e memorável. As criaturas agora são ainda mais detalhadas, tanto no aspecto visual quanto no comportamento, o que cria uma sensação de desafio e imersão incomparável. Esses monstros não são apenas inimigos a serem derrotados, mas sim demonstrações de uma força natural que parece querer dominar o mundo. Em Wilds, é como se a caça fosse uma tentativa de domar a selvageria da natureza, e isso é perfeitamente refletido nas mudanças nos mapas e no comportamento dos inimigos.

No entanto, como é de se esperar com melhorias gráficas e tecnológicas, também surgem os clássicos problemas de otimização. Embora esses problemas não sejam tão gritantes quanto nos betas ou nos testes realizados em feiras de jogos durante o último ano, ainda estão presentes, especialmente em momentos de maior intensidade gráfica. A partir do segundo quarto das missões principais da campanha, quando monstros maiores começam a aparecer, as quedas de desempenho se tornam mais notáveis.
Esses monstros não apenas possuem um repertório ampliado de ataques que afetam o ambiente, mas também interagem de maneira mais dinâmica com a arena de combate, alterando-a de forma mais abrangente. Essa complexidade adicional pode ser difícil para algumas plataformas, principalmente quando muitos elementos entram em cena simultâneamente, causando uma queda perceptível na taxa de quadros por segundo.
Durante meu tempo jogando no PS5 base, priorizando a performance dos quadros por segundo, pude perceber essas quedas. Embora o jogo rode bem na maioria das vezes, os momentos mais caóticos, com monstros grandes e múltiplos efeitos de ambiente, podem fazer o desempenho cair significativamente. Imagino que, dependendo do computador ou console utilizado, a situação pode ser ainda pior. No Xbox Series S, por exemplo, essa oscilação no desempenho pode ser mais severa, dada a limitação de hardware em comparação com as versões mais potentes, como o PS5 ou PCs com placas gráficas mais avançadas.
No geral, as melhorias gráficas e de jogabilidade de Wilds são bastante impressionantes e trazem uma nova vida ao jogo. No entanto, esses problemas de otimização, embora não sejam tão problemáticos quanto antes, ainda precisam ser ajustados para garantir uma experiência mais fluida, especialmente para jogadores em plataformas mais modestas. Ainda assim, Wilds consegue entregar uma das experiências mais imersivas da franquia, com mapas e monstros mais vivos e dinâmicos, tornando as caçadas ainda mais desafiadoras e recompensadoras.
Multiplayer e conteúdo 6q3360

Monster Hunter sempre foi um jogo feito para ser jogado em grupo, e Wilds não foge dessa tradição. O modo online, no qual tive a oportunidade de experimentar antes do embargo, é, sem dúvida, um dos grandes destaques da franquia mais uma vez.
Não há muitas novidades em relação ao que já vimos em outros títulos da série, o principal destaque é que, quando o SOS é disparado para que outros jogadores se juntem à caçada, um timer interno começa a contar, caso o tempo se esgote, caçadores NPCs aparecem para auxiliar na luta até que um jogador humano se junte à sessão.
A qualidade desses ajudantes virtuais variou bastante nos meus testes, mas, no geral, eles desempenham um bom papel enquanto esperamos algum jogador com um nível absurdamente alto e uma armadura impressionante, pronto para matar o monstro sozinho. Para mim, isso foi uma escolha acertada, pois garante que o jogador não precise esperar indefinidamente, mantendo a experiência divertida.
Além disso, Monster Hunter Wilds oferece uma quantidade impressionante de conteúdo, com muitos monstros adicionais prometidos para o decorrer do ano. Isso é ótimo para quem busca mais desafios e novidades, mas imagino que a ausência de um equivalente ao G-Rank, presente nas versões anteriores da série, possa incomodar alguns fãs mais antigos. No entanto, nessa era moderna da franquia, onde atualizações frequentes e DLCs são comuns, essa falta é algo que acabamos por ter que aceitar. O mundo do jogo agora segue a lógica dos DLCs, com os desenvolvedores constantemente expandindo o conteúdo e mantendo a comunidade engajada.
Em resumo, o novo Monster Hunter entrega uma experiência sólida de caçadas em grupo, com boas melhorias no modo online e bastante conteúdo para manter os jogadores entretidos. A falta de alguns elementos tradicionais pode causar estranheza para os veteranos, mas a adaptação aos tempos modernos parece ser a chave para o sucesso da franquia.
Disponibilidade 1v544u
Monster Hunter Wilds estará disponível a partir do dia 28/02 para PC (Steam), PS5 e os Xbox Series. Nos consoles, o preço do jogo é de R$ 339,90, enquanto no Steam o título pode ser obtido por R$ 279,90.
Requisitos mínimos para PC 583x6z
Requisitos Mínimos | Requisitos Recomendados | |
Sistema Operacional | Windows 10/11 64-bits | Windows 10/11 64-bits |
Processador | Intel Core i3-12100, Intel Core i5-10400 ou AMD Ryzen 5 3600 | Intel Core i3-12100, Intel Core i5-10400 ou AMD Ryzen 5 3600 |
Memória | 16 GB de RAM | 16 GB de RAM |
Placa de Vídeo | NVIDIA GeForce GTX 1660 ou AMD Radeon RX 5500 XT | NVIDIA GeForce RTX 2060 Super ou AMD Radeon RX 6600 |
DirectX | Ver. 12 | Ver. 12 |
Armazenamento | SSD com 75GB | SSD com 75GB |
Desempenho | 30 FPS em 1080p | 60 FPS em 1080p (com Frame Generation) |
Conclusão 705k3x

Por fim, Monster Hunter Wilds é bom? O trabalho de um crítico muitas vezes é difícil quando se fala de algo muito amado, com impressões fortes do ado da franquia e do novo – mas, conforme o tempo a e aceitamos que a realidade atual é outra, a nostalgia se torna apenas nostalgia, e começamos a aceitar o novo.
Minha experiência com Wilds foi exatamente isso, as armas que eu amo estão presentes, monstros antigos e novos continuam divertidíssimos e as novidades, junto ao novo tom da franquia que começou em 2018, continuam marcando a evolução do título. Isso cria um pacote completo que agrada tanto aos fãs antigos (com algumas ressalvas, dependendo do grau de purismo) quanto aos novos. Estes últimos, certamente, ficam impressionados com a qualidade tangível do título, que carrega com orgulho o símbolo da Capcom, a empresa que na última década recuperou todo seu peso e importância na indústria.
As escolhas mais questionáveis como cabelos especiais para personagens serem itens pagos, são problemáticas sim, mas refletem um problema maior da indústria de videogames como um todo, mais do que um defeito específico do título. No entanto, a presença desses itens acaba deixando um gosto levemente amargo para quem valoriza a customização total de seus personagens, para quem não se importa com isso, a experiência não será afetada e o jogo continuará sendo uma das jogabilidades mais interessantes da atual geração.
Em resumo, Monster Hunter Wilds é Monster Hunter, e isso já o torna um videogame incrível. As novidades e decisões diferentes não alteram a fórmula mágica que fez o sucesso da franquia por mais de 20 anos, independentemente dos puristas que relembram o ado ou dos novos fãs, o jogo é mais um grande acerto da Capcom nesta geração de consoles.
E você, jogou o Monster Hunter: Wilds? Conte para gente o que achou do game nos comentários!
Revisão do texto feita por: Thiago Almeida em 05/03/2025.
Monster Hunter Wilds 521z2v
Monster Hunter WildsPrós 1k6u5j
- Jogabilidade ótima e de fácil entendimento
- Mundos vastos e com interações diversas com os monstros
- Grande diversidade de armas
Contras 35f65
- Problemas de otimização em alguns momentos
- Não há tantas novidades em relação aos títulos anteriores, mesmo que a fórmula base do jogo seja excelente
I don’t know much but I have a core i3, 7 generation and a Sapphire graphic card rx570, can I easily play that?
hi